Dentre muitas coisas que tem
invadindo a minha mente trazendo pensamentos e mais pensamentos, algo hoje martelou
muito ao ponto de me surpreender. Algo simples que veio acompanhado com uma
música de Renato Russo, baseada na Palavra de God: “É preciso amar as pessoas
como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar, na verdade não há”.
Se você quer medir o quanto
alguém, ou você mesmo é verdadeiramente cristão, é só olhar pra dentro e buscar
em sua essência, e consequentemente nas suas ações, o que você tem feito pelo
seu próximo. Isso pode parecer algo simples, mas não é bem assim. A confiança
dentro de um relacionamento acontece com a troca. Quando percebemos que alguém
nos conta algo muito pessoal ou nos pede ajuda, naturalmente o sentimento de que
temos algo dessa pessoa abre a possibilidade de eu também dar-lhe algo.
O amor para com o próximo vem
de Deus, e só o tem quem tem a Deus como seu amigo. Esse amor é a vontade de
manifestar esse Deus para os outros, e ele não gera a necessidade de que a
outra pessoa te dê algo, é movido pelo simples prazer de compartilhar. Isso
muda o nosso comportamento, isso nos traz a uma realidade completamente diferente
da qual estamos acostumados.
Em grupos, é comum buscarmos
os parecidos, os que partilham do mesmo ideal, da mesma visão, mas esse amor
vai bem além disso, e esse amor é o que deveria estar no meio das igrejas. Mas por
que será que isso não acontece? Por acaso não existem pessoas amigas de Deus?
Não vou entrar nesse mérito, isso fica por conta de você que está lendo. O que
me incomoda é que hoje as pessoas estão mais preocupadas com seus ideais, com
sua forma de culto, com a obediência incondicional. Não aceitam as pessoas como
elas são, querem que tudo seja rápido e à sua maneira. Para ser aceito é
preciso estar de acordo com os padrões pré estabelecidos.
Amar e ser amado nas condições
atuais é uma missão quase impossível, mas é preciso continuar, é preciso passar
por certas situações. Acredito que por isso Deus estabeleceu o novo mandamento
começando por “Amarás o Senhor, teu Deus...(Lc
10.27)”. Gosto muito de uma citação da Clarice Lispector: “Amar os outros
é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e
às vezes receber amor em troca.”. Separada assim pode trazer
conclusões erradas, mas na essência esse pensamento é bem interessante, pois se
amamos a Deus e acreditamos (fé) no sacrifício de amor que Ele passou, somos
salvos, mas a prova dessa salvação se dá no amor ao próximo.
Depois de escrever tudo isso,
aprendi novamente que preciso ter paciência, muita paciência com os que não
entendem a essência desse amor. Aprendi que amar é um exercício, que vem acompanhado
do fruto do Espírito Santo, com ênfase na longanimidade. Aprendi que tenho
muito ferro pra malhar, ou seja, é um exercício diário. Aprendi que nada sei,
mas que preciso continuar olhando para o alto e apenas trazendo à lembrança
àquilo que me traga esperança.
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